quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Retrospectiva 2013! (Com atraso de publicação!) rs


Esses dias estive pensando que eu não sabia nada sobre a maternidade; nem de ouvir falarem!
Por exemplo, antes de engravidar, eu achava que todo bebê, sem exceção, se alimentava por mamadeira; que mamadeira era item obrigatório no enxoval (inclusive comprei! =/); que todo bebê precisava nascer no hospital; que fralda descartável era uma das maiores invenções da humanidade; que fralda de pano era coisa da época da minha avó; que a figura mais entendida de bebês se chamava pediatra; que o único jeito de levar o bebê sempre juntinho era no carrinho; que carrinho era item obrigatório na lista multimilionária de compras da gravidez; que lugar de criança tomar banho era a banheira (e só a banheira); que colo era um lugar para se estar não por muito tempo, porque - vai que - vicia, deixa mal acostumado etc; que o lugar obrigatório do bebê dormir era o berço, qualquer outra possibilidade estaria fadada ao fracasso ou ao mau hábito.

Achava que a Super Nanny era de fato a “Super”; que o “adestramento de crianças” - o modelo de criação adotado por ela - era a forma mais correta de impor rotinas e de não criar filhos “mimados”; que criança deveria chorar para se acalmar sozinha, afinal ela não me teria 24h por dia né?!

Perdoa-me, ó vida, pois não sabia o que pensava! E não sabia apenas porque nunca havia parado para estudar criticamente sobre nada disso.

Se penso diferente hoje, foi graças ao estudo, à busca de informação, em função da necessidade imediata, da reflexão sobre os porquês. Cada questão surgida, desde então, vem obrigatoriamente acompanhada de um POR QUE? Tal como criança que está descobrindo o mundo.

E fica claro que muito daquilo que trazemos vem por osmose do senso comum, como compra involuntária daquilo que a sociedade vende, via transmissão oral, via mídia, via preconceitos, via comodismo, via tantas outras coisas. E é só quando conseguimos enxergar isso, que aquilo que te vendem é “assim porque sempre foi assim” e talvez não precise ser, então conseguimos nos abrir para novas possibilidades.

Mas por que a mamadeira? se eu tenho peitos, se queria amamentar, se o leite que produzo é o melhor alimento para minha filha, de graça, na fonte, sem me tornar refém de mais um item constante de consumo?
Por que hospital? se não estava doente, se não tive uma gravidez de risco, se minha bebê se desenvolveu bem?
Por que somente fralda descartável? se também há fraldas de pano modernas, se as descartáveis representam grande quantidade de lixo ambiental? (E, a despeito de não ter feito esse questionamento antes, não tive o traquejo e a sabedoria de deixá-las de lado; minha culpa, minha máxima culpa).
Mas por que quem entende de criança é o pediatra? se eu é que sou a mãe, se sou eu quem conheço minha filha, se ela não é uma tabela, nem uma média, nem uma robô que irá se comportar como todos os outros?
Por que somente carrinho, se também existem os slings?
Por que somente banheira, se também existem os baldes?
Por que não o colo, se colo acalma, tranquiliza, é natural e até eu gosto?
Por que o berço, se nem eu que sou adulta durmo sozinha? Se eles são pequenos, frágeis e gostam de se sentir seguros e próximo?
E por que uma estranha (Super Nanny) poderia conhecer mais os filhos que os próprios pais? SIM, os pais que participam ativamente da vida dos filhos, não aqueles que apenas os têm por pressão social.

Como criar rotina, ter horários e atividades fixadas faria minha filha mais feliz, se nem eu consigo seguir algo assim?
E por que deixar uma criança chorando por minutos e até horas para se acalmar sozinha? Chorar até sentir dor na cabeça, dor na garganta, respiração difícil, náuseas, olhos inchados e doloridos e até outros efeitos colaterais nada agradáveis. Se algum dia eu chorasse tanto assim e meu marido não viesse me socorrer, o que eu pensaria disso? Algumas palavras me vêm à cabeça. Por que fazer minha filha passar por isso?

E, podendo estar com ela, porque eu haveria de querer trabalhar? (Momento de tristeza em voltar a trabalhar daqui um mês).

Esses poucos meses de maternidade me fizeram pensar em como tudo é diferente do que eu imaginava há um ano, como me refiz como mulher. Hoje me vejo uma pessoa completamente diferente da Nathaly de 2012; não aceito qualquer palpite (infundado ou não solicitado) em relação à criação que dou e pretendo dar à minha filha; vejo que a Emily tem e sempre terá o melhor de mim, mesmo que isso me custe muitas renúncias. Aprendi a dar valor em cada sorriso, gritinhos, cada olhar com carinho da minha filha.

Enfim, o ano de 2013 me trouxe o melhor presente: eu me tornei mãe da Emily e isso por si só fez desse o ano mais INESQUECÍVEL da minha vida!


(Texto adaptado do blog “A cientista que virou mãe”)

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O Relato de Parto da Emily

“Deus me deu a fórmula de um amor que só cresceu dentro de mim
amar alguém me deu princípio e meio, mas não me revelou o fim
e dividir meus sonhos com alguém só fez somar
a ideia de amanhã ser mais feliz
multipliquei minha força de vontade com a coragem de uma mulher
e o resultado disso tudo foi os grãos de fé
um edifício de amor resistindo aos vendavais
o amor me trouxe coisas sobrenaturais”.